Esquema de API.

Entenda como as APIs aceleram a inovação digital nos negócios

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Você já ouviu falar em API? Essa sigla em inglês tem revolucionado a maneira de fazer negócio e acelerado a transformação digital em empresas de todo o mundo.

As interfaces de programação de aplicações apontam definições e protocolos para o desenvolvimento e a integração de softwares e aplicações com os mais diferentes tipos de uso, promovendo a criação de soluções digitais como um atalho rumo à inovação.

A consultoria Gartner apontou que, em 2022, o mercado de APIs cresça cerca de 4% em relação a 2021, somando mais de US$ 4,4 trilhões em movimentação no mercado. Para 2023, o aumento previsto é ainda maior, em torno de 5,5%.

Como deu para perceber, as empresas que ainda não se renderam às interfaces de programação de aplicações podem ficar para trás, mas ainda dá tempo de adequar o seu negócio à nova realidade digital. Veja só!

O que significa API**?**

Essa pequena sigla em inglês, com apenas três letras, carrega grande significado para quem trabalha com tecnologia.

API é a abreviação de Application Programming Interfaces, ou interfaces de programação de aplicações, em bom português.

Em poucas palavras, esses mecanismos possibilitam que dois componentes de uma aplicação ou um software se comuniquem, a partir de um conjunto de protocolos e definições.

Na prática, isso garante a flexibilidade necessária para que design, uso e gestão de aplicativos e softwares sejam alterados e atualizados conforme a necessidade, poupando tempo e dinheiro para a empresa.

Como funcionam as Application Programming Interfaces?

As Application Programming Interfaces simplificam os processos de desenvolvimento de novos componentes de aplicações em uma arquitetura já existente.

Isso acontece porque as Application Programming Interfaces podem se comunicar com as aplicações sem saber necessariamente como elas foram criadas.

Imagine que você chega a um restaurante, faz um pedido ao garçom e depois o pedido chega à sua mesa. O garçom intermedia a solicitação de uma parte e entrega a resposta da outra parte, sem saber como o prato foi feito.

Simplificações à parte, é mais ou menos assim que as interfaces de programação de aplicações funcionam.

Isto é, são como uma espécie de contrato que estipula como dois componentes ou duas aplicações vão se comunicar: se uma parte enviar uma solicitação conforme esse contrato, a outra parte vai responder também de acordo com o protocolo estipulado.

Como esse mecanismo facilita a conexão de diferentes estruturas, possibilita que mudanças na infraestrutura de softwares e aplicações sejam feitas de maneira mais rápida, prática e econômica.

Para que servem as API****s?

No fim das contas, as APIs servem para simplificar o trabalho de desenvolvedores e possibilitar a construção de um padrão para a criação de novas aplicações e plataformas.

Os profissionais de TI não precisam criar códigos de programação personalizados para cada aplicação e podem utilizar parâmetros pré-definidos, acelerando e tornando mais barata a criação de novos softwares e aplicativos.

As interfaces de programação de aplicações também podem ser bastante úteis para a segurança digital, pois permitem o bloqueio de acesso e a restrição de dados num ambiente digital.

Tipos de protocolos de API****s

Para compreender a arquitetura de uma API, é necessário pensar em termos de cliente, a aplicação que envia solicitações, e servidor, a aplicação que responde a essas solicitações.

O funcionamento desse mecanismo pode ocorrer de quatro formas distintas, a depender de sua função e data de criação. Confira!

APIs SOAP

SOAP é uma sigla para Simple Object Access Protocol, ou Protocolo de Acesso a Objetos Simples, um tipo de API que já foi muito comum no passado, mas acabou perdendo popularidade por sua falta de flexibilidade.

APIs RPC

As APIs RPC operam com base em protocolos de Remote Procedure Calls, ou Chamadas de Procedimento Remoto. O cliente finaliza uma função ou uma ação no servidor e o servidor envia de volta ao cliente o processo de saída.

APIs WebSocket

Um dos formatos mais eficientes disponíveis hoje em dia é o de API WebSocket, que utiliza JavaScript Object Notation (JSON) para transmitir dados com mais rapidez em comunicação bidirecional entre cliente e servidor.

APIs REST

Tipo mais comum de API na atualidade, o formato REST (ou RESTful) estipula protocolos e funções para possibilitar o acesso a dados do servidor, que não precisa salvar informações do cliente para gerar respostas por meio de HTTP.

Quais os tipos de Application Programming Interfaces?

Os tipos de arquiteturas e protocolos das interfaces de programação de aplicações não são as únicas distinções possíveis desse mecanismo. O escopo de uso também pode diferenciar as Application Programming Interfaces, veja só!

API****s privadas

As Application Programming Interfaces privadas são utilizadas no contexto interno de uma empresa, geralmente para interligar sistemas e dados dentro do ambiente digital interno.

API****s públicas

As  interfaces de programação de aplicações públicas são, como o nome sugere, abertas ao público e podem ser acessadas por qualquer pessoa gratuitamente ou mediante pagamento por autorização.

API****s de parceiros

As Application Programming Interfaces de parceiros são exclusivamente acessíveis a desenvolvedores com autorização para auxiliar empresas parceiras.

API****s compostas ou híbridas

Para sistemas mais robustos e funções mais complexas, é possível combinar duas ou mais Application Programming Interfaces para atender aos requisitos necessários de cada sistema, o chamado formato composto ou híbrido.

Por que utilizar APIs no seu negócio?

Existem muitos benefícios por trás da utilização de Application Programming Interfaces, especialmente no que diz respeito à simplificação, agilização e automação de sistemas.

Por meio dessas interfaces é possível promover a automação de processos, o aperfeiçoamento de campanhas de marketing e a automatização do atendimento ao cliente, entre muitas outras inovações que podem ser bastante vantajosas para qualquer negócio.

Já imaginou oferecer atendimento ao cliente 24 horas por dia, sete dias por semana, sem ampliar os custos de operação da empresa?

A utilização de interfaces de programação de aplicações também tem efeitos na reputação de uma organização, pois vão afetar direta e positivamente a experiência dos consumidores com a empresa, já que agregam simplicidade e qualidade.

Além disso, vale pontuar que essas interfaces podem otimizar os processos em diferentes áreas da empresa, reduzindo custos e gerando vantagens em todos os setores do negócio.

As Application Programming Interfaces funcionam, no fim da contas, como uma espécie de atalho para o desenvolvimento de aplicativos mobile, softwares e estruturas de TI, facilitando a integração de funções e dados.

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Exemplos de empresas que usam Application Programming Interfaces

A utilização de interfaces de programação de aplicações é mais comum do que muita gente imagina. Hoje, os APIs fazem parte da maioria dos aplicativos que você utiliza no dia a dia.

O WhatsApp, por exemplo, integra por meio de API a lista de contatos do smartphone aos contatos do próprio aplicativo.

O Instagram também utiliza interface de programação de aplicações para permitir que as fotos postadas na rede social sejam automaticamente publicadas no Facebook ou no Twitter.

Você também se depara com APIs em compras online: a plataforma de pagamento precisa estar devidamente integrada ao sistema da operadora do cartão de crédito ou débito para autorização da compra.

É possível que você também já tenha utilizado a Application Programming Interface do Google Maps: muitos sites e aplicativos utilizam os dados do Google Maps em seus próprios espaços eletrônicos para indicar o endereço de uma loja, por exemplo.

API como ferramenta para a transformação digital

Em plena era da transformação digital, na qual as empresas precisam agilizar o desenvolvimento de sua estrutura e presença digital para se manterem competitivas no mercado, a utilização de APIs é indispensável.

Hoje em dia, as empresas precisam constantemente buscar medidas para melhorar a experiência digital de seus usuários, parte dos esforços para satisfazer as necessidades e expectativas de um público cada vez mais exigente.

E, mais importante ainda, mantendo o nível de gastos devidamente controlado e utilizando os recursos tecnológicos, financeiros e humanos da maneira mais eficiente possível.

Nesse sentido, as interfaces de programação de aplicações são mecanismos que facilitam a inovação tecnológica e a criação de soluções digitais, agregam valor ao negócio e ainda ajudam a agilizar e otimizar processos de negócios.

Essas interfaces também possibilitam que as empresas otimizem e ampliem o uso da largura de banda e armazenamento, além de permitir a atualização e o ajuste de padrões de tráfego em tempo real, de acordo com as necessidades do negócio.

A expansão desse mercado também deve possibilitar o surgimento de parcerias estratégicas baseadas em sistemas integrados e novas soluções tecnológicas.

O resultado é um processo acelerado de digitalização, que viabiliza a reestruturação de processos que permitem maior aproximação com clientes, parceiros e colaboradores.

Como desenvolver uma API**?**

Para chegar a esses importantes resultados, é essencial investir na criação de uma interface de programação de aplicações.

Mais importante ainda: a meta deve ser o desenvolvimento de uma interface ágil, útil e valiosa, com a qual outros desenvolvedores queiram trabalhar e consigam confiar.

Para isso, o ideal é seguir cinco etapas que podem possibilitar o desenvolvimento de uma arquitetura de alta qualidade, que atenda aos propósitos de sua criação, veja só!

Planeje a interface de programação de aplicações

O primeiro passo para criar uma interface de programação de aplicações é planejá-la nos mínimos detalhes, de maneira diligente e metódica.

As especificações do mecanismo vão ditar qual será o esquema desse mecanismo.

Nesse sentido, é necessário considerar diferentes cenários de uso da interface e assegurar que a interface estará de acordo com os padrões necessários de desenvolvimento.

Crie a interface

Depois de apontar o que se espera da interface, chegou a hora de arregaçar as mangas e partir para a criação do mecanismo desejado.

Os desenvolvedores começam o trabalho criando um código boilerplate, que utiliza trechos de código que podem ser utilizados em diferentes lugares sem grandes alterações.

A partir desse código desenhado, começa o processo de personalização da interface, com a adição de linhas que customizam o protótipo conforme as especificações internas.

Teste o mecanismo

Plano criado, protótipo desenvolvido? O próximo passo é testar o software. Essa etapa é fundamental para identificar e corrigir defeitos, bugs ou falhas no material criado.

Esses testes têm como foco validar os parâmetros dos clientes e as respostas dos servidores.

Muitas vezes, é nesta etapa que se testa a resistência do aplicativo contra ataques cibernéticos, malwares e vírus, garantindo a segurança necessária para liberar o software para os usuários.

Para isso, deve-se enviar inúmeras solicitações a endpoints que possibilitem mensurar a performance da aplicação e redigir testes de unidade que permitam a verificação da lógica de negócios, a estrutura do software e a eventual correção de falhas.

Providencie a documentação da interface

Muitas vezes, as interfaces de programação de aplicações são autoexplicativas, com arquiteturas bem claras e legíveis para desenvolvedores.

No entanto, mesmo assim é indispensável documentar a API: dessa forma, a documentação funcionará como uma espécie de guia que pode ser utilizado para otimizar a usabilidade do software.

Quanto mais bem-documentada a aplicação, mais popular ela deve ser, especialmente se tiver uma arquitetura orientada à prestação de serviços e com várias funções.

Isso significa redigir as explicações em linguagem fácil de ler e compreender, preferencialmente em inglês. Uma documentação prolixa pode criar aplicações prolixas, que demandam edições e ajustes.

Não deixe de utilizar exemplos de códigos que facilitem a compreensão das funcionalidades: o ideal é escrever um documento que possa ser lido por um desenvolvedor iniciante.

Lembre-se, ainda, de voltar à documentação de tempos em tempos para conferir se o guia precisa ser atualizado.

Além disso, é importante abordar todas as funções e os eventuais problemas que a aplicação pode solucionar para os usuários.

Comercialize o aplicativo

Depois de tanto trabalho, a recompensa. E não estamos falando apenas da utilização da interface pela sua empresa: você sabia que é possível (e extremamente recomendado) a comercialização da API?

Existem marketplaces exclusivos para a comercialização dessas interfaces, com espaços online para compra e venda de acesso a softwares criados por outros desenvolvedores.

Quando o seu software estiver finalizado e em plena operação, você pode catalogar sua criação em um desses marketplaces, gerar interesse em outros profissionais de TI e, consequentemente, ganhar dinheiro com a sua aplicação.


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