Homem fazendo estratégias com de design thinking com post-its espalhados pela mesa.

Design Thinking: entenda os conceitos, vantagens e ferramentas

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O Design Thinking é um conceito de pensamento criativo que possibilita uma abordagem abrangente, de ponta a ponta, com o propósito de promover a inovação e a solução de problemas.

O recurso permite gerar e organizar ideias de maneira sistematizada, visando encontrar alternativas criativas para os mais diversos cenários que a sua empresa possa enfrentar, oferecendo aos colaboradores as condições essenciais para isso.

Muito além da estética de produtos e serviços, a metodologia tem sido utilizada para garantir a eficiência na solução de desafios e os resultados almejados tanto na criação de projetos quanto no desenvolvimento de produtos de tecnologia.

Neste artigo, vamos explorar com mais detalhes esse método criativo. Acompanhe!

Várias pessoas colando e segurando post its coloridos para criar um fluxo de Design Thinking. Algumas usam manga longa, anéis e casacos. Na imagem vemos apenas suas mãos e braços apoiados na mesa.

Foto de UX Indonesia | Fonte: Unsplash

Design Thinking**: o que é, quando utilizar e como aplicar a abordagem**

O mercado tem exigido cada vez mais especialização e inovação por parte das empresas que desejam se manter competitivas. O problema é que, por mais engajados que sejam os gestores e colaboradores, vários desafios se apresentam nesse ínterim.

Desenvolver produtos e serviços de excelência nem sempre é o suficiente para levar uma empresa à liderança do mercado. É necessário dispor de recursos eficientes para resolver problemas, encontrar soluções criativas para desafios e, enfim, conquistar resultados otimizados nas tarefas executadas.

Desse modo, entender o que é Design Thinking e para que serve é simplesmente indispensável para alcançar os melhores resultados possíveis com essa abordagem criativa. Só assim você conseguirá aplicar os recursos mais indicados a depender dos objetivos da sua empresa, conforme a necessidade, a partir de conceitos multidisciplinares, colaborativos e bem estruturados.

A consultoria McKinsey aponta que empresas que aplicam esse conceito inovador alcançam ROI até 56% maior em comparação a corporações que não o utilizam: não é por acaso que gigantes como IBM, Google e Nike apostam nesse processo.

O que é Design Thinking e para que serve?

Mas, afinal de contas, qual é o objetivo do Design Thinking? Para compreender a proposta, é necessário refletir muito além do conceito de design.

O “pensamento de design” faz menção ao pensamento simultaneamente crítico e criativo, que possibilita a organização de ideias e soluções para facilitar tomadas de decisão estratégicas, além do constante aprimoramento.

De acordo com relatório da Parsons New School, 71% das empresas que adotaram a abordagem notaram mudanças positivas no dia a dia de trabalho e na cultura de seus colaboradores.

Isso acontece porque a base do conceito é o trabalho colaborativo e coletivo, garantindo que o máximo de pontos de vista diferentes seja acumulado para oferecer um panorama geral de um problema ou projeto.

Não existe uma fórmula engessada: cada empresa pode aplicar a abordagem da maneira que considerar mais vantajosa, desde que concentre perspectivas diferentes e multidisciplinares para potencializar as chances de sucesso na empreitada.

Isto é, a empresa reúne profissionais de diferentes áreas de atuação para deliberar acerca de um problema ou de um novo produto em desenvolvimento, para que possam trabalhar em conjunto em nome da inovação e da eficiência.

No fim das contas, o que resta é uma perspectiva humanizada com foco na resolução de problemas, capaz de ser aplicada nos mais diversos segmentos corporativos.

Qual é a relação entre Design Thinking e experiência do usuário?

Ao considerar os meios digitais, é indispensável que a empresa invista em uma relação próxima com seu público-alvo.

Isso faz, em última instância, com que os conceitos de Design Thinking e experiência do usuário, ou User Experience Design (UX), se confundam em alguns momentos.

A metodologia UX Design prioriza a criação de interfaces e layouts amigáveis ao consumidor, garantindo experiências mais fluidas aos usuários.

O “pensamento de design”, por sua vez, se originou do Design Centrado no Usuário ou HCD (Human-centered design) e hoje é uma abordagem que pode potencializar os resultados da experiência do usuário.

O Design Thinking permite que se conheça bem o público-alvo, incluindo seus hábitos, suas preocupações e soluções inovadoras voltadas a esse grupo, que está no núcleo da metodologia de UX Design. Ou seja, o “pensamento de design” possibilita que se conheça a fundo o consumidor em potencial, a fim de desenvolver soluções eficientes e modernas, enquanto o UX Design traduz essas inovações em termos de experiência de uso.

Quais são as bases do Design Thinking**?**

Integrar profissionais de diferentes áreas de atuação é um desafio por si só, sobretudo quando a meta em jogo é a criação de soluções inovadoras. Desse modo, o conceito de Design Thinking se ampara em três pilares centrais para chegar aos melhores resultados possíveis. Confira!

Empatia

Antes de qualquer coisa, é essencial exercitar a empatia, a fim de deixar de lado eventuais pré-julgamentos e preconceitos, possibilitando que se enxergue um problema sob a perspectiva de quem o vivencia.

Quando o profissional se coloca no lugar do usuário, consegue compreender melhor suas expectativas e necessidades, garantindo que os esforços se traduzam em ações com potencial para melhorar a vida do usuário.

Além disso, a empatia está relacionada ao respeito, ampliando a compreensão de mundo e consequentemente, o fato de que a opinião do outro é tão importante quanto a nossa. Dessa forma, a troca de experiências e conhecimentos se torna ainda mais natural, colaborativa e enriquecedora.

Assim, as soluções inovadoras serão geradas para agregar valor prático a cada usuário, conforme sua necessidade.

Experimentação

Mesmo que você se esforce e tome todos os cuidados para evitar problemas e falhas, existe uma chance de que o seu projeto culmine em fracasso.

Em outras palavras, é impossível investir em uma empreitada tendo certeza de seu sucesso, especialmente pelo fato de que esse sucesso será chancelado pela aceitação do usuário à solução proposta. Por essas e outras questões, deve-se fazer uma extensiva experimentação para avaliar de forma objetiva a progressão do projeto e seu índice de sucesso.

É só a partir da experimentação que você poderá errar tão cedo quanto possível e, consequentemente, corrigir aquele erro antes de entregar o produto ao consumidor final. Ou seja, é preciso experimentar para saber se vai dar certo e, então, aprimorar ou corrigir o projeto quantas vezes for viável.

Nessas horas, a quantidade está a favor da equipe: quanto maior o número de ideias experimentadas, mais fácil será selecionar as melhores e avançar para a prototipação.

Prototipação

Depois de desenvolver o projeto e experimentar tanto quanto seja possível, você deverá criar modelos práticos e palpáveis, que possibilitem avaliar se aquela ideia é viável.

É na etapa de prototipação que as ideias serão concretizadas, construídas e avaliadas por diferentes agentes para obtenção de feedbacks e críticas construtivas. Assim, será possível desenvolver um método racional e linear a fim de chegar ao resultado esperado, utilizando a criatividade para traduzir desafios em inovações.

Colaboração

O Design Thinking é um trabalho desenvolvido por diferentes mentes, incluindo pontos de vista e habilidades variadas para a construção de uma solução inovadora e eficiente para o usuário.

Ao estabelecer essa sinergia entre colaboradores, é possível ampliar o olhar sobre os aspectos e insights a respeito de determinado problema, contribuindo para resultados multidisciplinares e complementares.

Quais são as fases do Design Thinking?

Sem imersão, ideação, prototipação e colaboração no Design Thinking, etapas indispensáveis nessa abordagem, dificilmente sua empresa chegará às metas estipuladas no começo do projeto.

Afinal, estamos falando de uma metodologia, o que supõe que existem passos a serem dados em determinada ordem para chegar ao resultado almejado.

É necessário conhecer bem o problema que demanda solução, analisar soluções possíveis, definir a melhor alternativa e como aplicar as mudanças. Veja mais!

1. Imersão

O primeiro passo no processo é possibilitar uma genuína imersão em todos os tópicos que podem afetar a empresa.

Nessa etapa, é importante mapear eventuais riscos e ameaças, bem como determinar as questões positivas e negativas do negócio do ponto de vista corporativo e do usuário.

Vale a pena criar mecanismos para receber feedbacks dos usuários, estipular métricas para analisar o desempenho das equipes e avaliar mudanças na política organizacional da empresa.

A fase de imersão, momento em que o pilar da empatia será mais explorado, pode ser dividida em dois momentos: a imersão preliminar e a profunda.

No modo preliminar, a equipe vai se debruçar sobre o limite do projeto e levantar informações básicas sobre o tema que será desenvolvido.

Já na etapa profunda, será avaliado o contexto geral do problema que a ser solucionado de maneira simultaneamente detalhada e objetiva, a fim de gerar soluções inovadoras que possam potencializar os resultados do projeto.

2. Ideação

Depois da fase de imersão, a equipe saberá exatamente quais aspectos precisam ser otimizados e quais processos podem ser mantidos como estão: é chegada a hora da ideação!

Como o próprio nome indica, essa etapa consiste na geração de ideias criativas e práticas, com o objetivo de solucionar o problema proposto.

Nesta etapa, todos os envolvidos no projeto devem ter espaço para apresentar suas sugestões e colaborações, garantindo que se chegue a um resultado eficiente, a partir de modelos que ofereçam uma visão geral sobre o problema.

A equipe deve combinar técnicas de big data e brainstorming para aumentar ainda mais as chances de sucesso na empreitada.

3. Prototipação

A terceira fase do Design Thinking é a prototipação, quando a empresa vai colocar as ideias mais relevantes sob uma lupa e definir quais propostas têm mais chances de serem bem-sucedidas.

Para minimizar o máximo possível as probabilidades de falha, a empresa deve criar protótipos a partir das propostas apresentadas para concluir se vale a pena investir em seu desenvolvimento ou não.

A partir dos testes efetuados nesta fase, será possível concluir se a ideia já está pronta para ir ao mercado ou ainda precisa passar por atualizações e modificações.

4. Desenvolvimento

Depois de imergir, idealizar e prototipar o projeto, chegou a hora de tirar as propostas do papel e descobrir se tudo vai funcionar de fato.

Nesta fase, setores de marketing e vendas dão suas colaborações para que o produto seja lançado com sucesso, minimizando chances de ostracismo no mercado.

No entanto, o trabalho não acaba quando a atenção do público externo é cativada: é necessário investir em monitoramento constante para identificar o que pode ser melhorado e o quão bem-sucedida foi a empreitada.

5. Iteração

O momento de avaliar e absorver os feedbacks a respeito da solução é conhecido como iteração. É nessa hora que analisamos as construções necessárias para o desenvolvimento da solução e como ela responde diante do comportamento humano, sendo uma experiência contínua, uma vez que os hábitos, padrões e costumes tendem a mudar, caracterizando um movimento fluido e dinâmico.

Dessa forma, é possível tornar a solução mais flexível e adaptável, refinando seus detalhes e elevando o nível do produto ou serviço em questão.

Quais são as vantagens do Design Thinking**?**

O Design Thinking gera vários benefícios a médio e longo prazos, tanto para o consumidor quanto para a empresa, pois garante que profissionais de diferentes setores consigam desenvolver competências estratégicas, que podem gerar grande valor para o negócio.

A comunicação se torna mais assertiva e estratégica, enquanto o ambiente organizacional funciona de forma mais fluida, a partir da aplicação dos conceitos de empatia, colaboração e experimentação.

Os colaboradores podem trabalhar mais satisfeitos por terem suas propostas ouvidas e consideradas, além de conhecerem as necessidades e expectativas do cliente, o que possibilita um atendimento personalizado e otimizado a cada consumidor.

Como os funcionários participam ativamente do processo de inovação e solução de problemas, conseguem ter uma visão sistêmica da cadeia de produção, garantindo, consequentemente, máximo engajamento da equipe.

Além disso, a abordagem do Design Thinking oferece a oportunidade de encontrar soluções inovadoras para problemas estratégicos com eficiência.

Muito além de se sentirem valorizados, os colaboradores se sentem ainda mais integrados com o restante da equipe, o foco do trabalho e os clientes, o que pode gerar diversos impactos positivos para o negócio!

Quais ferramentas podem ser usadas no processo de Design Thinking**?**

Independentemente da abordagem escolhida para aplicar o conceito de Design Thinking, a empresa pode utilizar um imenso leque de ferramentas e recursos que podem otimizar os resultados alcançados. Confira!

Como o Design Thinking pode ser utilizado nas empresas?

O dia a dia da sua empresa pode ser revolucionado a partir da aplicação de conceitos e estratégias de Design Thinking: exemplos de gigantes como Natura, Netflix, Havaianas e General Electric podem inspirar a mudança no seu negócio.

A abordagem pode ser aplicada nas equipes de vendas, que podem enxergar o produto da perspectiva do cliente e desenvolver estratégias mais efetivas de persuasão, ou entre gestores, para a tomada de decisões estratégicas sob as expectativas do cliente. Além disso, o Design Thinking pode ser aplicado na educação, incentivando a mudança de processos e tornando-os mais eficientes e ágeis.

Uma coisa é certa: não são apenas as gigantes do mercado que podem usufruir das benesses por trás do Design Thinking.

O primeiro passo para colher os frutos por trás dessa abordagem é garantir que seus colaboradores tenham um ambiente frutífero para propor mudanças e inovações.

A empresa também deve investir em uma estratégia de coleta e análise de dados, etapas essenciais para orientar os processos criativos.

No fim das contas, você vai perceber que a eficiência dessa abordagem criativa depende muito mais da cultura organizacional da corporação do que de qualquer outro elemento.


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