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Cultura ágil: veja os principais métodos, benefícios e como implementar

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O conceito de cultura ágil surgiu para atender à crescente necessidade que as empresas têm de se manterem eficientes e em destaque no mercado, acirrada pelas mudanças tecnológicas trazidas pela transformação digital.

Os formatos organizacionais tradicionais já não dão conta de atender as demandas existentes na atualidade: faz-se essencial repensar os modelos que já existem para garantir que a empresa chegue aos resultados que planeja.

Nesse processo, a equipe ganha mais responsabilidade, uma vez que cada colaborador conhece o desempenho que deve entregar e pode, assim, cobrar resultados dos colegas, sem a necessidade de uma cadeia hierárquica para isso.

Simultaneamente, cada funcionário é agraciado com maior liberdade individual em sua rotina de trabalho. Afinal, o colaborador se auto-organiza e tem a oportunidade de adquirir maior confiança em seu trabalho.

Em outras palavras, mais do que um conceito de gestão, a cultura ágil é uma mudança no pensamento e na forma de operar de cada empresa, e pode ser o que falta para garantir o sucesso que você busca para o seu negócio!

Neste artigo, vamos explorar as informações mais relevantes sobre o tema: o que é, os principais métodos, benefícios e desafios na implementação do conceito. Confira!

Neste artigo, você vai conferir:

Cultura ágil**: quais são as transformações geradas pela adoção?**

O século XXI trouxe novas ferramentas, mas sobretudo novos desafios ao setor de TI de cada corporação.

No entanto, à medida que novos sistemas e plataformas surgem e são colocados em operação, fica claro que a força motriz de qualquer empresa são seus colaboradores.

Dessa forma, não basta dispor dos melhores mecanismos tecnológicos para que a sua empresa se mantenha competitiva. É crucial garantir a melhor gestão de equipe para que os resultados alcançados estejam de acordo com o que foi planejado.

Nesse sentido, o conceito de cultura ágil nas empresas surge para revolucionar o ambiente, as rotinas e as práticas de trabalho de cada corporação.

O desafio é tornar os processos internos de cada empresa tão eficientes quanto o melhor software ou hardware existente: afinal, de nada vale a melhor ferramenta do mundo sem um trabalhador treinado para utilizá-la adequadamente.

Neste caso, porém, a ferramenta é menos tecnológica e mais cultural, como o próprio nome indica: a cultura ágil em empresas tradicionais pode ressignificar métodos de trabalho por meio da autogestão dos colaboradores.

A primeira consequência dessa estratégia de negócios é conferir maior autonomia para a sua equipe. Os colaboradores se tornam menos dependentes da hierarquia e se tornam capazes de entregar resultados otimizados por conta própria.

Como cada funcionário passa a se auto-organizar e cobra seus próprios resultados, acaba absorvendo até mesmo sem perceber os valores e a visão da empresa em seu dia a dia de trabalho.

Afinal, ele sabe do que a corporação precisa, seja por metas definidas, cobrança dos colegas ou feedbacks recebidos, e consegue encontrar de maneira autônoma formas de atender às expectativas do negócio, vestindo a camisa da empresa. Além disso, a adoção dessa nova cultura de trabalho pode reduzir e até eliminar eventuais erros de comunicação, desentendimentos entre setores, processos mal definidos e outras situações que podem comprometer a agilidade da equipe.

O que é cultura ágil?

O que é cultura ágil?

Fonte: Freepik

A melhor maneira de compreender o conceito é descobrindo quais são as formas de pensar e agir propostas pela cultura ágil.

Como o próprio nome indica, trata-se de uma cultura — isto é, uma forma de pensar e agir em grupo — que foca a agilidade por meio da colaboração e cooperação entre a equipe.

Em vez de vir do topo da pirâmide hierárquica, a decisão é tomada de baixo para cima, possibilitando que os colaboradores se apropriem do projeto e seus resultados, assumindo responsabilidade sobre os processos.

Dessa forma, minimiza-se não apenas a autocracia, mas também a burocracia nos processos internos da empresa, já que os funcionários trabalham em modo de autogestão.

Manifesto Ágil: o que é?

O conceito surgiu oficialmente em 2001, quando especialistas em gestão de processos se reuniram para criar o Manifesto Ágil, um documento que delimita os valores da cultura ágil essenciais para aplicação prática em seus negócios.

Esses valores deveriam, então, servir de norte para a adoção do novo formato de gestão em empresas do ramo de Tecnologia da Informação.

Um dos pilares da proposta é o foco nos indivíduos, ou a relação entre colaboradores e suas interações, que devem estar sempre acima de processos de trabalho e ferramentas.

Essa atenção diferenciada ao indivíduo também pode ser percebida quando falamos dos clientes: a participação ativa do consumidor no processo é de suma importância.

A praticidade e a minimização da burocracia não ficam para trás, pois um software em pleno funcionamento é mais indispensável do que uma documentação abrangente.

Por fim, o Manifesto Ágil aponta que a equipe deve estar sempre preparada para adaptar o projeto original às necessidades que surjam no caminho.

Em outras palavras, mais importante que seguir à risca o planejamento inicial é ter a capacidade de responder a mudanças que se façam necessárias.

O documento ainda determina alguns pontos a serem priorizados na implementação do conceito de cultura ágil em uma empresa, como a entrega contínua para garantir a satisfação do cliente e trabalho em conjunto entre os colaboradores.

Além disso, os gestores devem adotar estratégias para manter sua equipe sempre motivada, trabalhar em um ritmo constante e sustentável, buscar a excelência incessantemente e priorizar o funcionamento do software, entre outros.No cerne de tudo está a autogestão dos colaboradores, que tomam a iniciativa para encontrar novas formas de se manterem eficazes e são capazes de manter uma comunicação eficiente.

Quais são os principais métodos ágeis?

Quais são os principais métodos ágeis?

Fonte: Freepik

A concepção de cultura ágil pode ser bastante ampla, por isso foram desenvolvidos diferentes métodos para aplicá-la às rotinas de trabalho.

Mas, afinal, o que é a metodologia ágil? São os métodos que têm como função primária acelerar os processos de trabalho em todas as suas etapas, desde a criação até seu desenvolvimento, incluindo eventuais adaptações posteriores.

Confira os principais métodos ágeis!

Scrum

O método ágil mais adotado na atualidade é o Scrum, que organiza projetos e processos por meio de sua fragmentação em ciclos mais curtos, chamados de sprints.

A equipe se reúne constantemente no começo, andamento e conclusão de um sprint para alinhar e detalhar os processos em execução, identificar falhas ou indicar alterações necessárias.

Kanban

Kanban

Fonte: Freepik

Criado para facilitar a implementação da cultura ágil, Kanban é um método que utiliza cards para apontar as tarefas que devem ser executadas (to do), as que estão em desenvolvimento (doing) e as que foram concluídas (done).

Assim, os colaboradores conseguem identificar os processos que devem ser priorizados, podem notar quando a fila de processos em conclusão fica estagnada e indicar quando não é mais possível absorver novas demandas.

Lean

Preferido entre startups, o método Lean pode ser resumido em “enxuto”. A meta desta metodologia é enxugar desperdícios em um setor ou projeto em execução.

O foco é a concentração de esforços na utilização exclusiva de recursos essenciais. Desse modo, a empresa consegue otimizar tarefas e, assim, cortar custos de operação.

Quais são os benefícios que a cultura ágil proporciona?

Se você ainda não está convencido de que a cultura ágil é capaz de transformar não apenas o dia a dia da sua empresa, mas até a qualidade do trabalho executado, os benefícios dessa estratégia irão ilustrar como pode ser interessante adotá-la.

As vantagens por trás desse formato de trabalho se estendem desde a satisfação dos funcionários à criação de valor para o cliente final, o que pode, por consequência, se refletir em melhores resultados para o negócio. Confira!

1. Autonomia da equipe

Quanto mais ágil a cultura de trabalho, menos regras os funcionários terão para seguir e mais eficiente se torna a empresa.

Em outras palavras, como a equipe é autogerida e cada indivíduo é visto em um papel de liderança, seus colaboradores trabalham com alto nível de autonomia.

Como cada funcionário não precisa pedir aval de um superior para executar uma alteração no projeto ou tomar decisões, o tempo de resposta cai de maneira drástica e o trabalho flui com mais eficiência.

2. Visão e valores compartilhados

Como falamos acima, na cultura ágil os colaboradores se afastam do formato de microgerenciamento e se tornam mais autônomos.

Justamente por isso, são encorajados a se colocarem no lugar do cliente para entenderem suas necessidades e, assim, entregarem um trabalho ainda mais focado em excelência. No fim das contas, essa troca de experiências e perspectivas faz com que os colaboradores consigam compartilhar a visão e os valores tanto da empresa quanto de seu público-alvo.

3. Criação de valor para o cliente

Como encantar alguém se você não conhece as necessidades ou os interesses dessa pessoa?

Uma vez que os clientes estão no centro das atenções dos colaboradores, a equipe pode manter contato próximo com esse público e, enfim, criar mais valor para eles.

Afinal, um consumidor tende a ficar muito mais satisfeito se receber um produto final de acordo com suas expectativas e necessidades, e o colaborador que sabe o que isso significa tem condições de entregar exatamente o que o cliente espera.

4. Comunicação horizontal

As empresas tradicionais, em geral, trabalham no esquema vertical de pirâmide hierárquica, no qual as tomadas de decisão e definições de projetos ocorrem de cima para baixo: isto é, a alta administração passa as orientações para os colaboradores de maneira unilateral.

Isso, no entanto, resulta em mais etapas de trabalho, já que a equipe não tem autonomia para tomar as próprias decisões e está sempre refém da aprovação dos gestores.

Uma empresa que deseja adotar uma cultura ágil não pode perder tanto tempo em processos simples e, por isso, deve apostar na comunicação horizontal.

Nesse formato, poucos são os processos que são originados no topo da pirâmide ou passam pelo crivo da diretoria: a equipe trabalha de maneira cooperativa e consegue resolver conflitos e falhas em níveis inferiores de hierarquia.

Em vez da estrutura engessada da pirâmide, a empresa passa a operar como uma grande rede de colaboradores com poder suficiente para tomar suas próprias decisões.

5. Prática de feedbacks

O trabalho ágil demanda a cultura da prática de feedbacks: só a partir da comunicação regular entre cliente e empresa ou entre diferentes setores é possível deixar o formato de trabalho “redondo”, sem arestas ou gargalos.

Neste sentido, um feedback honesto e construtivo é capaz de orientar o trabalhador em sua autocrítica para exercer a sua função da melhor maneira possível, isto é, da forma mais eficiente.

Como implementar uma cultura ágil?

A implementação da cultura ágil dentro da empresa deve ser encarada como um desafio simultaneamente coletivo e individual, no qual cada colaborador tem ciência de suas funções e compartilha dos mesmos valores e metas que o restante da equipe.

Confira algumas dicas para colocar o conceito em prática no seu negócio!

Capacitação da equipe

Um dos maiores focos da cultura ágil é a prática diária a fim de alcançar a mudança de mentalidade desejada no dia a dia da empresa. É necessário estar em constante aperfeiçoamento para entregar sempre o melhor resultado possível.

Essa mudança de mentalidade só pode ser alcançada por uma equipe devidamente capacitada, que dispõe dos meios e fundamentos essenciais para trabalhar de maneira eficiente.

Seus colaboradores não vão compreender a importância de suas ações individuais se não estiverem informados e treinados a respeito dos novos métodos de trabalho.

Busque trabalhar com objetivos específicos para cada etapa do trabalho, defina ciclos de feedback entre clientes e colaboradores, mantenha sua equipe motivada e ofereça workshops ou oficinas sempre que achar necessário.

Pense em metas compatíveis com o método

Para garantir o resultado mais eficiente possível, é necessário estabelecer critérios que ajudem cada colaborador a decidir o que é ou não prioridade no dia a dia de trabalho.

Só assim a equipe consegue orientar sua rotina para entregar o melhor resultado possível com os recursos que tem em mãos. Por isso, defina metas que sejam não apenas realistas, mas também compatíveis com o resultado almejado: ou seja, a agilidade!

Isto é, se você quer tornar as rotinas de trabalho mais ágeis, invista em métodos ágeis e evite processos engessados ou pouco eficientes.

Muitas vezes, uma metodologia mais simples pode ser o suficiente para alcançar grandes resultados.

Foque em ideias que proporcionam mais benefícios em menos tempo

Você pode até pensar grande, mas comece pequeno para chegar aonde deseja. É mais vantajoso focar em ideias e projetos que ofereçam mais benefícios no menor intervalo de tempo do que aplicar todos os seus esforços em um único objetivo.

Uma boa forma de fazer isso é fragmentar uma grande meta em etapas menores: como será possível alcançar pequenos objetivos ao longo da jornada, o colaborador trabalhará mais motivado, de maneira mais ágil e fluida.

Entenda a agilidade como parte do negócio

A cultura ágil começa nos processos, mas deve culminar nos pilares do seu negócio. Em outras palavras, a agilidade deve ser não apenas uma metodologia de trabalho, mas um valor, ou “cultura”, da sua empresa como um todo.

Se a sua equipe compreende todos os pontos da metodologia aplicada e seus objetivos, com o passar do tempo cada setor da corporação poderá absorver esses valores de maneira definitiva, e eles passam a ser, então, parte da filosofia da empresa.


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