Você já deve ter pensado em ter um computador que fizesse todo o seu trabalho e ainda lhe servisse um café. Esse dia pode estar chegando! Um dos primeiros passos nessa direção é a computação cognitiva. Embora relativamente nova, deve ditar mudanças significativas em um futuro próximo.
Ela é, basicamente, a capacidade dos computadores de pensar — quase — como seres humanos. Desde o início da computação, as máquinas evoluíram bastante: no começo, apenas faziam cálculos; depois, passaram a usar sistemas programáveis; e, em breve, tomarão decisões com base em experiência.
Um exemplo de uso bastante conhecido, e que teve grande repercussão, aconteceu em 2011: o sistema de computação cognitiva da IBM, o Watson, conseguiu vencer Ken Jennings e Brad Rutter, dois conhecidos campeões de Jeopardy, um programa de perguntas e respostas da TV americana.
No Brasil, a empresa firmou parcerias para que essa tecnologia seja ensinada na universidade. Desde o ano passado, Mackenzie, ESPM e Insper têm disciplinas relacionadas ao tema em seus cursos de graduação, pós-graduação, mestrado e doutorado.
Muito além dos números ↩
A computação cognitiva deve mudar a forma como tratamos a informação. Afinal, de nada adianta ter dados se não soubermos o que fazer com eles. As máquinas vão apoiar nossas decisões: além de produzir e distribuir conhecimento, mostrarão formas eficientes de usá-lo.
A base dessa recurso está em uma inteligência artificial, que compreende e aprende com dados não estruturados — aqueles que ainda não foram transformados em números, a linguagem que as máquinas entendem —, como linguagem natural, textos, imagens e similares.
Esse é seu grande diferencial: o fato de coletar informações aleatórias em diferentes formatos e, a partir delas, criar um banco de conhecimento muito mais rico que permite tomadas de decisão muito mais assertivas. É, basicamente, o processo que nós, humanos, usamos diariamente.
Aplicações ↩
As aplicações são as mais variadas, do dia a dia das pessoas às inovações nas mais diferentes indústrias. Conheça algumas:
Culinária ↩
Bem próximo do cotidiano, já que cozinhar é parte da vida da maioria das pessoas, o aplicativo Chef Watson, da IBM, usa a computação cognitiva para recomendar pratos considerando as preferências do cliente. Basta dizer ao site, de uso gratuito e em inglês, quais elementos pretende usar para receber ideias de receitas.
Conforme é usado, o sistema aprende as preferências culinárias do usuário e, ainda, memoriza as combinações que dão certo. Assim, faz recomendações cada vez mais coerentes e com maior chance de acerto.
Medicina ↩
Na medicina, é comum que os tratamentos tenham como base a combinação de diferentes informações — de publicações em redes sociais a pesquisas científicas — com a experiência e o conhecimento acumulados no exercício da função.
Usando a computação cognitiva, o profissional tem a ajuda de um computador que analisa milhares de pesquisas, dados coletados por ele mesmo e históricos de pacientes, curados ou não. A partir disso, apresenta opções de tratamento personalizadas, aumentando a confiança e a fidelidade dos pacientes.
Justiça ↩
Uma área que pode se beneficiar bastante da eficiência da computação cognitiva é a Justiça. É comum que os processos se repitam, cada um com suas particularidades. Todos os casos devem ser julgados com base nas leis — que são muitas e muito peculiares. Um computador pode fazer o cruzamento dos dados facilmente.
Investimentos ↩
Quem tem dinheiro para investir pode se beneficiar do auxílio da computação cognitiva. O sistema tem os dados do investidor e sabe, por exemplo, que ele aceita correr riscos. A partir disso, apresenta opções, com suas respectivas probabilidades de rendimentos.
Hotelaria ↩
Quem viaja quer relaxar. Nada melhor, então, do que ter um sistema de computação cognitiva que responda a dúvidas simples, atenda a demandas (como um pedido de refeição no quarto) e recomende pontos turísticos. O melhor é que a equipe do estabelecimento fica livre para dar tratamento personalizado a outras necessidades.
Entretenimento ↩
Os interessados em música, cinema, livros ou qualquer outra arte podem procurar conexões e tendências na área que preferir e receber, em segundos, uma lista inteligente de recomendações com base em seus temas favoritos.
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